Uma empresa precisa nascer e crescer capitalizada. E, em muitos casos, no início de vida, as receitas são menores do que as despesas. É o que costumamos falar de empresas que precisam de capital de giro. Precisam de dinheiro para sustentar a operação.
Em épocas de crise, além dessas jovens empresas, muitas outras voltam a vender menos e se tornam, também, deficitárias.
Uma das possibilidades, então, passa a ser a procura pelos bancos. Mas, na crise, além do crédito ser menor e o juro maior, o parcelamento é feito em menos meses. O que ajuda num primeiro momento, mas não por um período muito longo.
Quando a crise é prolongada, torna-se constante a busca por recursos financeiros. Para cuidar das finanças, não precisamos sofisticar demais. Podemos ter poucos, mas eficazes relatórios que ajudarão na gestão da empresa. Não precisamos mais do que cinco folhas em cima da mesa. E são elas:
1. Demonstração de Resultados (DRE) – esse relatório deve ser feito mensalmente, apresentando as receitas, despesas e resultado do mês.
2. Fluxo de Caixa – precisamos ter clareza das entradas e saídas de dinheiro que teremos, dia a dia, nos próximos 60 dias. Isso nos dará a certeza de poderemos comprar mais mercadorias e em que prazo e se precisamos antecipar os recebíveis.
3. Planejamento Orçamentário – uma vez feito, você conseguirá confrontar esse seu planejamento com o DRE mensal e descobrir se está se saindo melhor ou pior do que o desejado.
4. Balanço – poder analisar a situação da empresa, como: tamanho do estoque, títulos a receber (em qual prazo), títulos a pagar e imobilizado. Alguns índices podem ajudar a mostrar se a empresa tem recursos financeiros suficientes para cobrir seus compromissos assumidos.
5. Custos e Precificação – é extremamente importante conhecer os custos dos produtos ou serviços que você vende. Assim, fica mais fácil definir o preço de venda e saber se você pode dar um desconto, e de quanto, para conseguir atrair seus clientes ou concorrer em seu mercado.
Além desses pontos, observe o prazo que você está pagando seus fornecedores. Ele não deveria ser muito maior do que é o prazo de estocagem das mercadorias, mais o prazo que estamos concedendo aos clientes. Se isso estiver acontecendo, você poderá ter problemas de falta de caixa. E não adianta vender mais. Isso agravará, ainda mais, a situação.
Em crises como essa que estamos vivendo, o melhor conselho, além do conhecimento sobre o nosso negócio e mercado, é viver o mais enxuto possível com os gastos fixos. Somente os necessários.
Fonte: Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios